Alguma crônica qualquer - III

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Alguma crônica qualquer - III



Batom vermelho, delineador meio borrado, mancha de rímel na pálpebra. Mas o que todos enxergam é o vestido vermelho colado, do mesmo comprimento de uma blusa que é um pouco maior que o tamanho certo para ela. Se ela se abaixar... Ah, ela não pode se abaixar. Mas se abaixa mesmo assim.

Também costuma usar uma saia que mais parece cinto, mas esse é só pros dias em que ela está bandida e muito afim de farrear. Hoje, veio de moça recatada.

No baile, no show, na have, na festa, na escola, na igreja, vai até o chão e ainda se vira do avesso. Bebe todas e deixa que todos a bebam, provem e se fartem. Assim se sente madura, adulta. Assim se faz mulher.

2 comentários :

  1. Todos até mesmos os que nunca tiveram em seu poder um lápis e uma folha de papel, todos querem transmitir seus conhecimentos a sua maneira de entender qualquer assunto que lhe interessa.

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    1. Ser humano gosta de falar. De ser ouvido. Chamar atenção, talvez, porque assim terá uma platéia, alguém que "converse" ou que, pelo menos, escute.

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