Despedida
Cara irmã mais velha,
Não acho que isso ficará
muito grande porque eu sei bem que palavras não são minhas melhores amigas.
Mas, de qualquer forma, deixo-lhe uma carta de despedida. Talvez breve, ou não
sei talvez o quê.
É para dizer, basicamente,
que estou feliz. Sinto-me estonteantemente alegre por saber que você vai para a
faculdade na semana que vem, minha irmã. Viver longe durante alguns meses e
voltar para casa apenas por algumas semanas. Não estou feliz e triste por ter
que conviver com a sua ausência, mas estou feliz e feliz por não ter que
suportar mais a sua presença.
Não vou enxergar a luz do
corredor invadindo meu quarto quando você abre a porta; não vou ver as roupas
caindo no chão enquanto você se despe e nem vou sentir seus dedos passeando
pelo meu corpo, indo dos seios até o umbigo e se alojando entre minhas pernas.
Não mais encararei seus
olhos nebulosos, enquanto sou forçada a usar minha boca em sua intimidade e
sentir suas mãos segurarem e puxarem meu cabelo. Não sei de onde os escritores
tiram que os fluídos da intimidade feminina têm gosto excitante. Na verdade,
seus fluídos me dão vontade de vomitar. Mas não posso. Assim como não posso
gritar por ajuda. Assombração sabe para quem aparece, minha irmã. E você é uma
das assombrações mais experientes.
Mas eu me sinto feliz. E por
que não ficaria? Estou livre de você, afinal. Mesmo não podendo dizer em voz
alta por causa da minha deficiência, posso dizê-lo por meio desta carta. E
dizer também que não vou sentir falta das suas visitas clandestinas no meio da
noite. Porque é nojento, porque é pecado e porque é errado.
Então você vai embora e
finge que nunca fez nada de errado com a sua irmã muda e eu me deleito na
felicidade da sua ausência.
Alegremente,
sua irmã mais nova.
sua irmã mais nova.
não posso dizer nada pelos outros, mas eu gósto do gosto dos fluidos femininos. grande blog seus textos sao muito bons
ResponderExcluirNão me agrada muito a ideia auehuaehuaheuah
ExcluirMuito obrigada por ler e comentar!