Como tudo deve ser

quarta-feira, 1 de março de 2017

Como tudo deve ser



Desenhei lamentos em forma de poesia;
antes de escrever nomes na calçada,
sussurrei cantigas sem sentido
enquanto esperava na estrada.

Passei por pontes e riachos;
viadutos, aeroportos e carros;
vi mais do que sou capaz de lembrar;
senti muito mais do que ousei esperar.

Enquanto desbravava os sete mares,
buscando a utopia da vida,
o que se diz impossível de achar,

me vi sentada na beira de um penhasco,
me dando conta do que diz a antiga cantiga:
o que tiver que vir, virá.

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