Eu sinto falta

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Eu sinto falta




Eu sinto falta das tardes monótonas, das madrugadas insones e das manhãs preguiçosas. Sinto falta de escrever cinco textos por dia e de ler crônicas. Sinto falta de fazer chamadas silenciosas até às 3 da manhã. Sinto falta da risada leve, das idiotices bêbadas de sono, da amizade repleta de altos e baixos. Eu sinto falta da bagunça, das confusões, dos assuntos aleatórios e dos jogos que acabavam em briga. Tinha drama e intriga dignos de novela mexicana e a gente era feliz assim, vivendo uma situação simples, mas que nos parecia muito complicada.

Mas nós mudamos. Seguindo o ritmo natural das coisas, nós crescemos e, teoricamente, evoluímos. Tudo o que vivemos juntos ficou no passado e nas lembranças doces que gostamos de visitar de vez em quando. De vez em quando, ainda nos falamos, mas a distância entre nós tomou seu espaço e não pretende ir embora, apesar de todos os esforços que fizemos para evita-la. Nós crescemos. Talvez, evoluímos. E nos afastamos.

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