#eu

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

#eu



Eu nunca fui muito de rezar. Nem quando eu era criança e todo mundo dizia que a última coisa que fazíamos antes de dormir era rezar para agradecer à Deus e pedir que todas as pessoas que amamos fiquem bem. Quando você estuda num colégio onde a religião é imposta mesmo aos que não estão ali por ela, a tendência é se rebelar.

Eu nunca me rebelei, não como as outras crianças. Ao contrário: eu tentei não comer carne de porco, aprendi todos os hinos e parei de beber coca-cola (até hoje eu não entendo por que a escola proibia coca). Mas eu nunca consegui adquirir o hábito de orar/rezar todas as noites.

Mas ontem eu rezei. E passei horas me lembrando de todas as pessoas que eu gosto e de todas as pessoas que essas pessoas gostam. Eu pedi para Deus abençoar cada uma delas e não foi porque alguém mandou ou porque eu tentei me adequar às regras de alguma religião.

Foi porque eu quis. E não passei o dia pensando nisso, eu simplesmente me deitei na cama e fiquei com vontade de pedir, de agradecer, de me lembrar de todas as coisas, boas e ruins, que já aconteceram comigo.

Talvez eu devesse rezar todos os dias. Talvez alguém que leia esse texto acredite que eu não tenho fé ou que não tenho o direito de pedir algo à Deus. Mas eu não me importo. E, eu acho, que Ele também não se importa muito com a minha frequência de orações, mas com o quão sinceras elas são.

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