Sobre a ausência
É quase como um hiato
vitalício. Exceto pelos momentos em que ele resolve aparecer, dizer “oi” e
fingir se importar o suficiente para me perguntar se eu estou bem. Ah, por
favor, todas as pessoas fazem isso, mas nenhuma delas se importa realmente. A
quem ele pretende enganar? Com certeza eu não vou ser enganada novamente com
essas mensagens que se fingem de preocupadas.
Com o tempo eu aprendi a não
esperar, não criar esperança de que as coisas poderiam ser diferentes. Por que
eu deveria ser otimista? Se toda vez que ele aparece promete o mundo inteiro e
quando vai embora apenas vazio. Antes, eu conseguia sobreviver das
promessas, mas, agora, nem as promessas ficam mais. Mesmo assim, sobrevivo. E a
cada dia que passa, sinto menos sua ausência.
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