Algum texto qualquer - VI
Ela resolveu ignorar as
palavras negativas. Pegou todas as críticas construtivas e guardou com carinho.
Arquivou os elogios, jogou fora tudo o que não lhe incentivava e seguiu a
ideologia do "quem acredita sempre alcança".
Frases como "você não
pode" foram jogadas no lixo. Verônica seguiu seus instintos e enfiou na
cabeça que podia. O controle estava em suas mãos e a decisão a pertencia. Por
que hesitar quando era ela quem comandava?
Desafiou seus próprios
limites, duvidou de tudo o que era certo e fez o que tinha que fazer.
Conquistou o mundo, inflou seu
próprio ego. Ela tinha o céu, mas queria ir além. E se achava invencível.
Decidiu brincar com a morte.
Já fizera tanto... Que mal faria mais um risco? O único impedimento era o medo,
substantivo que não integrava seu dicionário.
Examinou o projétil antes de
colocá-lo no lugar e girar o tambor. Tantos já fizeram o mesmo... Por que não
ela? Tudo sairia perfeitamente bem. E a entidade que regia o universo a
apoiaria. Sua fé em si mesma era inabalável, assim como seu orgulho.
Encheu o pulmão de ar, ignorou
frio na barriga...
Sentiu o frio da arma na sua
têmpora esquerda.
0 comentários :
Postar um comentário