Desejos de maio
Mandei costurar todos os
nomes por dentro do vestido. O anel tem uma pedra azul, peguei uma peça
emprestada, escolhi um outro enfeite, cor-de-rosa, para trazer muito amor e que
essas sejam as últimas lágrimas que me escorrem dos olhos.
Que ele não deixe as
alianças caírem, que entre com o pé direito e que o horário dos votos seja
antes das dezoito do domingo. No sábado não. Sem espaço para a má sorte.
Não ajudei a fazer o
vestido, não pretendo emprestá-lo no futuro, coloquei várias damas para
confundirem os espíritos perversos; nada de pérolas e o véu está me protegendo
dos olhares mal intencionados.
Nota: Tenho que ser
carregada até a suíte nupcial, para não arriscar tropeçar e acabar de vez com o
nosso tempo de casados.
Tudo pronto. Nada de errado
vai acontecer hoje. E, espero, que nunca mais.
Um. Dois. Três. A marcha
soou.
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