À tal estrela cadente

terça-feira, 1 de março de 2016

À tal estrela cadente


Decidi lançar meu coração ao vento;
talvez eu tenha um pouco de sossego,
não escute meus próprios lamentos
e nem mesmo sinta mais tanto medo.

Que se vá, que se jogue, que eu me jogue;
que eu não pense no que me atrasa.
Porque a vida é assim: a gente morre
e perde tudo de tanto pensar.

Decidi jogar meus pensamentos no mar
p’ra que as ondas os levem para longe;
p’ra que outras pessoas possam se aproveitar
das ideias que me surgem aos montes.

Que se afoguem minhas mágoas,
que sumam meus receios,
que eu me preocupe apenas com os anseios
que não serão levados pelas águas.

Decidi esquecer meu cérebro na mesa
junto ao copo cheio de cheiro de tequila.
Não. Não precisava estar bêbada;
é que minha cabeça não funciona vazia.

Que se vá, que se jogue, que eu não me aborreça;
que eu apenas mergulhe sem pensar no que há no fundo,
que eu voe sem me preocupar em bater a cabeça,

que eu só aproveite cada instante nesse mundo.

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