Meio assim: meio sei lá
Talvez eu acredite em
destino e talvez eu confie no acaso. Depende do dia, hora, lugar. Sou meio
assim mesmo... Uma espécie de metamorfose ambulante tal qual a música, que não
quer mudar. Mas a mudança é justamente a essência do seu/meu ser. Talvez eu
seja um paradoxo de ideias imperfeitas e frases mal feitas. Rimas tortas,
prosas em verso e penal inconstitucional. No meu gráfico, as retas são curvas e
os números são minhas canções nunca terminadas. Meio infinito, meio fim.
Quem sabe eu confie em Deus,
quem sabe eu reze à mim mesma? Depende do ponto de vista, de qual andar se
jogar. Perfumes melhores vêm em pequenos frascos, mas a gente sempre quer do
chocolate o maior pedaço. Sou assim: meio sei lá... Numa hora canto em dó, na
outra, sei que é mi. Mas, na maior parte do tempo, não consigo me definir. Tal
qual Rita Lee, ovelha negra, incompreendida até pelo espelho.
Falando em espelho... Joguei
o meu pela janela. Desisti de me analisar, procurar defeitos, deixar o cabelo
perfeito. Dizem que ninguém é perfeito, mas quem aceita a própria imperfeição?
Sou tal qual o mundo em que vivo, hipócrita que detesta a hipocrisia de ser
hipócrita detestando hipocrisia. Sou meio assim mesmo, meio ser social
anti-social. Eu disse: paradoxo. Um maldito ciclo vicioso e paradoxal.
Mas, se é ciclo, não tem
fim. E a morte, o que será? Não sei. Depende de em que Deus se quer creditar.
Eu sei... Sou meio assim,
meio sei lá.
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