Meio assim: meio sei lá

terça-feira, 8 de março de 2016

Meio assim: meio sei lá


Talvez eu acredite em destino e talvez eu confie no acaso. Depende do dia, hora, lugar. Sou meio assim mesmo... Uma espécie de metamorfose ambulante tal qual a música, que não quer mudar. Mas a mudança é justamente a essência do seu/meu ser. Talvez eu seja um paradoxo de ideias imperfeitas e frases mal feitas. Rimas tortas, prosas em verso e penal inconstitucional. No meu gráfico, as retas são curvas e os números são minhas canções nunca terminadas. Meio infinito, meio fim.

Quem sabe eu confie em Deus, quem sabe eu reze à mim mesma? Depende do ponto de vista, de qual andar se jogar. Perfumes melhores vêm em pequenos frascos, mas a gente sempre quer do chocolate o maior pedaço. Sou assim: meio sei lá... Numa hora canto em dó, na outra, sei que é mi. Mas, na maior parte do tempo, não consigo me definir. Tal qual Rita Lee, ovelha negra, incompreendida até pelo espelho.

Falando em espelho... Joguei o meu pela janela. Desisti de me analisar, procurar defeitos, deixar o cabelo perfeito. Dizem que ninguém é perfeito, mas quem aceita a própria imperfeição? Sou tal qual o mundo em que vivo, hipócrita que detesta a hipocrisia de ser hipócrita detestando hipocrisia. Sou meio assim mesmo, meio ser social anti-social. Eu disse: paradoxo. Um maldito ciclo vicioso e paradoxal.

Mas, se é ciclo, não tem fim. E a morte, o que será? Não sei. Depende de em que Deus se quer creditar.


Eu sei... Sou meio assim, meio sei lá.

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