Se o mundo acabar
O sol quente lá fora não me
alegra, o riso das crianças de férias me irrita, esse bom humor coletivo me
deprime. Isso porque seus olhos verdes me assombram e a brisa que seu hálito
quente me proporcionava não sopra mais. Ou sopra, mas não é mais em meu corpo
que seu vento venta.
Não quero me levantar, não
quero abrir os olhos e descobrir um lado da cama vazio. Não quero esticar o
braço só para não te encontrar e não quero não escutar seu sussurrar rouco me
mandando acordar. Eu simplesmente me recuso a levantar.
Deixe-me embaixo das
cobertas, deixe-me faltar ao trabalho, deixe-me esquecer da prova de mais
tarde. Deixe-me chorar até que se sequem as lágrimas, deixe-me encharcar o
travesseiro e deixe-me com o nariz escorrendo, soluçando feito criança pequena.
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