Depois do sétimo vem o oitavo

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Depois do sétimo vem o oitavo


Joguei a aliança no lago porque me afogar seria dramático demais. Melhor deixá-la se afundar. Assim como nosso casamento acabou no fundo do mar. Ou como nós o afundamos. Na verdade, não me importo em culpar ninguém. Acabou. E ponto.

A questão é que você fez as malas e foi embora. É verdade que eu mandei, mas, como eu disse, não me importo mais com os culpados. Só me restarão lembranças e álbuns de fotos que eu insisto em guardar no armário. Logo terei que arrumar mais espaço, presumo.

Sem ressentimentos, eu digo. Não vou culpá-lo por não ser meu príncipe encantado. Não vou condená-lo ou processá-lo por não saber ser o homem ideal. Sinceramente? Já passei dessa fase depois do terceiro ex-marido.

Há quem diga que é hora de parar. De me aquietar um pouco. Há quem me chame de velha demais para encontrar o tal príncipe. Que seja o rei, então. Não vou desistir da minha felicidade. De forma alguma. Se não deu certo com o sétimo e a aliança de ouro branco foi parar no fundo do lago, que venha o oitavo. Talvez, ao lado dele, eu tenha o meu tão sonhado conto de fadas.

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