Um soneto qualquer - II

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Um soneto qualquer - II


Para encerrar esta imensa tortura
e banir de vez tamanha dor
que me assola o peito, que me causa tontura
para então levar minh'alma a um quase torpor.


Peço que, por favor, encerre esses planos
perversos, maquiavélicos, insanos,
de me afogar cada vez mais em prantos
por uma mulher que me quer por baixo dos panos.


Peço que a algeme bem longe de mim
que lhe amarre os calcanhares
e que lhe tranque à sete chaves.


Pois sinto que já estou chegando ao fim,
me transformando num espectro;
apenas parte do que um dia foi completo.

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