E eu não quero te perder
Sempre tão ao contrário do
convencional... Conversas sérias com tom de brincadeira, verdades ditas no
instante de silêncio que seus olhos tocam os meus, um medo alucinante de te
ganhar. Porque, se eu ganhar, não sei como que irei te cuidar.
Amigos mais que amantes. Amantes para não fazer do verão uma estação solitária. Você me conta delas e eu desabafo sobre eles. Somos bons torturadores de nós mesmos. Masoquistas. Sádicos. Somos nosso próprio veneno que foge da cura. Porque, se eu te ganhar, significa que poderei te perder.
Irmãos mais que amigos.
Cúmplices de um crime imperfeito que nos deixa milionários e condenados à
prisão perpétua. Cravamos um punhal em nosso próprio peito apenas para
descobrir quem resiste mais. Você as usa e ri enquanto eu choro por ti. Eu
choro por eles enquanto você os xinga por me usar. Não é normal, não parece
certo, mas é o que somos. Não te tenho. Não te quero. Se eu te quiser, não
saberei como usar.
Loucos. Descontrolados.
Incógnitas no meio de um texto, uma equação mal resolvida, esquecida. Somos e
não somos. Temos e não temos. Não queremos, mas desejamos. Não faz sentido, não
é normal. Mas é o que somos. É o que temos. Não temos nada. Não tenho nada e
nem quero ter. Porque, se eu te tiver, significa que poderei te perder.
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