Livros Lidos - Maio/2018

domingo, 10 de junho de 2018

Livros Lidos - Maio/2018


1 – O livreiro de Cabul – Asne Seierstad

 Por ter vivido três meses com uma família afegã, na primavera de 2002, logo após a queda do regime talibã, a jornalista norueguesa Asne Seierstad pôde produzir esta narrativa ímpar que mostra aspectos do país que poucos estrangeiros testemunhariam. Como ocidental, mulher e hóspede de Sultan Khan, um livreiro de Cabul, obteve o privilégio de transitar entre o universo feminino e masculino de uma sociedade islâmica fundamentalista. Preso e torturado durante o regime comunista, Sultan Khan teve sua livraria invadida e parte dos livros queimados, mas alimentava o sonho de ver seu acervo de 10 mil volumes sobre história e literatura afegã transformar-se no núcleo de uma nova Biblioteca Nacional.


Apesar da situação estável, a família do livreiro, dividia uma casa de quatro cômodos em uma cidade que se recuperava da guerra e de trágicos reflexos políticos. Os integrantes da família acostumaram-se à presença da autora sob uma burca. Assim, ela pôde observar relatos das rixas do clã; da exploração sexual das jovens viúvas que esperavam doações de alimentos das organizações de ajuda internacional; da adúltera sufocada com um travesseiro pelos três irmãos sob as ordens da mãe; do exílio no Paquistão da primeira esposa de Sultan Khan, após um segundo casamento com uma moça de 16 anos, do filho adolescente do livreiro obrigado a trabalhar 12 horas por dia sem chance de estudar.

A autora apresenta uma coleção de personagens comoventes que reflete as contradições do Afeganistão, e nos emociona sobretudo ao apresentar a rotina, a pobreza e as limitações impostas às mulheres e aos jovens do país. O protagonista, mesmo sendo um homem de letras, é um tirano na orientação familiar, nos negócios, e pautado pelo radicalismo. Prova disso é que, indignado com o trabalho da autora, o livreiro de Cabul que inspirou o personagem Sultan Khan foi à Noruega com o propósito de pedir reparação judicial.

Já li outros livros sobre o Afeganistão, regime talibã e isso tudo, mas nenhum deles foi tão “assustador” quanto “O livreiro de Cabul”. É claro que “O caçador de pipas” e “A cidade do sol” tem momentos chocantes e tristes, mas, por se tratar de uma reportagem, este foi muito mais aprofundado. A maneira como as mulheres são tratadas, o descaso da família, higiene, educação... É um livro que mexe com a gente.

2 – Sobrevivência Mortal – J. D. Robb

 Outono de 2059. 

A corajosa tenente Eve Dallas se vê diante de assassinos que agem de forma fria e meticulosa e usam recursos militares precisos e cruéis para exterminar uma família inteira. Contudo, uma menina de nove anos sobrevive ao massacre. A missão da equipe investigativa é proteger a sobrevivente e, ao mesmo tempo, descobrir quem são as pessoas que assassinaram a família e porque a consideram tão importante.

Eve, Roarke e a polícia de Nova York defendendo os fracos e oprimidos (kkkk)! Dessa vez, mais do que nunca, ao abrigarem Nixie, uma sobrevivente que mexe com todos os personagens do livro. É claro que, com uma criança em casa, Eve teria que lidar com seus próprios demônios novamente (e com Summerset). É um ótimo livro, mas eu sou suspeita para falar de qualquer livro da série...

3 - Princesa apaixonada / Princesa à espera – Meg Cabot

 Princesa Apaixonada é o terceiro volume da série iniciada com O diário da princesa, romance que deu origem à superprodução dos Estúdios Disney estrelada por Julie Andrews e Anne Hathaway. Mia agora divide seu tempo entre três coisas: a preparação para sua irritante entrée na sociedade genoviana, sob a direção de uma não menos irritante avó; os congestionamentos de Manhattan, em Nova York; e as elaboradas desculpas para escapar de Kenny. Afinal, Mia, na verdade, está apaixonada por outro rapaz. Depois de acompanharmos Mia em suas aventuras entre aulas de álgebra, lições de etiqueta e a fama repentina, é a vez de testemunharmos seus primeiros passos no mundo da paixão. No quarto volume da série O diário da princesa, Princesa À Espera, Mia, depois de finalmente ter conquistado o coração de Michael Moscovitz, precisa passar as férias na Genovia, a milhares de quilômetros de seu amado. A jovem é forçada a deixar sua angústia de lado e se concentrar nos compromissos oficiais exigidos da realeza e suas férias de verão significam muito trabalho. Almoços, jantares, entrevistas, recepções e encontros com embaixadores e políticos tomam todo o seu tempo livre. Mas sua cabeça está longe, do outro lado do oceano. Enciumada e cheia de dúvidas, não consegue se concentrar. Para completar, sua avó não sai do seu pé, chamando atenção para seus modos e total desatenção. Quando finalmente chega o momento de voltar para casa, Mia percebe que precisa amadurecer e confrontar-se com seus medos para reencontrar o amor de sua vida.


Terceiro e quarto livros da série “O diário da princesa”. Mantenho minha opinião de que, se eu tivesse lido os livros há alguns anos, ficaria alucinada pela série. Dessa vez o foco são os sentimentos de Mia por Michael e a paranoia que a protagonista tem de não ser devidamente correspondida.

4 – Tudo o que você não soube – Fernanda Young

 Alguém que comete um ato monstruoso é necessariamente um monstro? Início da década de 1980, a era dos yuppies e da geração new wave. Uma personagem principal, sem nome, disposta a contar tudo que o pai, à beira da morte, não sabia sobre a vida dela. Até os seus piores pecados. 


Genial. Sempre gostei da autora por causa da sua personalidade forte e seus trabalhos para a TV, mas nunca tinha lido um livro dela. E sim, o que ela faz de melhor é escrever. Fernanda Young joga na nossa cara verdades horríveis que precisam (ou não) serem ditas. É um livro forte, que entrou para a lista dos meus favoritos.



5 – Garota Americana/A garota americana quase pronta – Meg Cabot

 Em A GAROTA AMERICANA, Meg Cabot nos presenteia com mais um romance inteligente e divertido sobre os problemas, desejos e anseios de uma típica adolescente. Afinal, Samantha Madison é uma garota comum, que leva uma vida muito parecida com a de tantas meninas de sua idade. Pelo menos, até resolver matar a aula de arte e acabar salvando por acaso a vida do presidente dos Estados Unidos. Então, tudo muda para ela: o mundo começa a venerá-la como uma heroína e seus dias de anonimato parecem ter definitivamente chegado ao fim. Como agradecimento por seu ato de coragem, o presidente a indica para o cargo de embaixadora teen da ONU. De quebra, Samantha ainda acaba conquistando o coração de David, o primeiro-filho.


Em QUASE PRONTA, Meg Cabot dá continuidade ao sucesso de vendas A garota americana. Agora, Samantha Madison tem novas preocupações: além de suas atividades como embaixadora teen da ONU e das aulas de arte, precisa conciliar o colégio com um emprego de meio-expediente na videolocadora Potomac e com o namorado, David, filho do presidente. O feriado de Ação de Graças está chegando e David a convida para passar o fim de semana na casa de campo presidencial. Ele tem mil atividades programadas para eles, mas Samantha desconfia de que seu namorado a tenha convidado por outro motivo. E, se isso for verdade, não tem certeza se estará preparada.

Primeiro e segundo volumes da série “Garota Americana”, sobre uma menina que salva o presidente dos Estados Unidos de um ataque. Meg segue bem a fórmula “adolescente ignorada que passa a ser popular por um acontecimento quase fantástico” e funciona em “O diário da princesa”, mas nem tanto em “Garota americana”.

6 – O visconde que me amava – Julia Quinn

 A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será

Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva.

Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela.

Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele.

Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração.

Considerada a Jane Austen contemporânea, Julia Quinn mantém, neste segundo livro da série Os Bridgertons, o senso de humor e a capacidade de despertar emoções que lhe permitem construir personagens carismáticos e histórias inesquecíveis.

Eu não esperava muito de Julia Quinn. Preconceito? Óbvio. Eu nunca tinha lido nada da autora, mas tinha certo receio por conta da fama que ela tem. TODO MUNDO (exagerando, claro) lê Julia Quinn e adora. Livros assim me deixam com o pé atrás (“um dia” do David Nichols me traumatizou”). Mas enfim... É um bom livro, é um romance que não tem muita coisa que não foi vista anteriormente.

7 – O vendedor de armas – Hugh Laurie

 Quando Thomas Lang, ex-militar de elite, recebe uma proposta de 100 mil doláres para assassinar um empresário norte-americano, ele decide alertar a futura vítima – uma boa ação que não ficará impune. Em questão de horas, Lang terá de se defender com uma estátua de Buda, jogar cartas com bilionários impiedosos e colocar sua vida nas mãos de mulheres fatais, enquanto tenta salvar uma linda moça e impedir um banho de sangue mundial. 

Encontramos nesta história muito do que se vê em um episódio de House, o mau espirito salvador e a réplica assassina de Hugh Laurie, a serviço de uma intriga apaixonante e de um personagem memorável. Um ator que saiba escrever bem é algo raro, mas Hugh Laurie, misturando humor com uma eficácia hollywoodiana, faz uma entrada talentosa no mundo da literatura.

A sinopse dizia “engraçado.” Não sei se foi engraçado, mas reconheço as tentativas de fazer humor. Hugh Laurie não é um escritor ruim, mas eu já vi essa história antes. A velha ficção policial que prende o leitor do início ao fim. É bom? É. Vende muito? Vende. Recomendo? Recomendo. Mas, no momento, eu me cansei do gênero.

8 – Origem Mortal – J. D. Robb

 A tenente Eve Dallas recebeu um chamado do Centro para Reconstrução Corporal e Cirurgia Estética: uma popular estrela de cinema foi espancada até seu rosto virar uma massa disforme de sangue. Para sorte da polícia, a vítima acabou matando seu agressor ao tentar se defender. No interrogatório, a tenente confirma se tratar de um caso inconfundível de assassinato em legítima defesa. Tudo se complica, porém, quando, antes de sair do prédio, outro caso macabro surge das mais sinistras sombras: o dono da clínica acabou de ser encontrado morto em seu consultório. Foi assassinado com um estilete cravado em seu coração. 


Qual será a relação das duas mortes? Será que o assassino da artista foi realmente morto no ataque? Com a tenacidade de sempre, Dallas segue seus instintos mais obscuros e mergulha no passado das duas vítimas, descobrindo os segredos de um mundo, até então, desconhecido para ela. 

Com muita ação e um desfecho surpreendente, Origem Mortal é a leitura ideal para os fãs dos clássicos da literatura policial – e, é claro, para os fieis leitores da vasta e fantástica bibliografia de Nora Roberts, que prova mais uma vez a sua versatilidade.

Clones, encomenda de características em bebês, manipulação genética... Mesmo a série mortal tendo como pano de fundo o futuro, este foi o livro que mais teve cara de ficção científica. Aqui, Eve encontra um impasse perturbador: justiça x lei. Enquanto isso, Roarke fica aflito por ter todos os novos parentes em casa e Mira não consegue separar os sentimentos pessoais das investigações.

9 – The Walking Dead: a ascenção do governador

 No universo de The Walking Dead não existe vilão maior do que o Governador, o déspota que comanda a cidade de Woodbury. Ele é o personagem mais controvertido em um mundo dominado por mortos-vivos. Neste romance os fãs descobrirão como ele se tornou esse homem e qual a origem de suas atitudes extremas. Para isso, é preciso conhecer a história de Phillip Blake, sua filha Penny e seu irmão Brian que, com outros dois amigos, irão cruzar cidades desoladas pelo apocalipse zumbi em busca da salvação.



“Phillip Blake”. Até agora eu arrepio quando lembro do final. Que livro! Assisto TWD, mas não sou uma das fãs alucinadas pela série. Mesmo assim, foi muito interessante conhecer a história de um dos personagens. A partir de agora eu sou, oficialmente, a louca que vai comprar todos os livros da série.

0 comentários :

Postar um comentário