#eu
Eu tenho essa mania de guardar tudo para mim.
Fica aqui dentro, tomando um espaço que pesa, sem ser compartilhado ou
amenizado. Às vezes, eu nem escrevo porque é difícil demais criar metáforas
para o que sinto.
Eu me calo, engulo as palavras e espero que
elas voltem para me sufocar. E me sufocam. Depois de um tempo, o fardo fica
pesado demais e eu resolvo deixar meu “botão do foda-se” ligado.
E quando a explosão vem, é como se Hiroshima se
repetisse em mim.
Eu não me importo com vítimas nem com efeitos
colaterais. Por um momento, eu não ligo para quem possa ser atingido. A única
coisa da qual eu preciso é explodir.
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