Adornos

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Adornos



Somos nós os “cérebros-anão” da contemporaneidade
Os que botam fé no Deus-Google
Os que precisam sempre de entrada USB
Que morrem se não se carregar

Somos a maior farsa de todos os séculos
Fantasiados de espíritos infinitos
Pregadores da liberdade
Desde que ela esteja conectada

Somos tão limitados que nos esprememos
Até cabermos numa moldura azul e branca
Facebook: o relicário social.
O novo antibiótico dos desesperados:
Compartilhar uma vida linda
Causar inveja nas inimigas (e nas amigas)
Antidepressivo moderno.
Engolido com água da torneira
Porque a garrafa de vinho tinto da foto
Foi só para enfeitar.


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