Capital
A beleza
da cidade não está nas árvores do parque
ou no
sorriso das crianças no zoológico
nem nas
mansões do bairro nobre.
Está no
mar de prédios que vemos ao norte
e no
monte,
ao longe,
no sul.
Ela está
nos hippies na feira,
nas
estátuas vivas da praça
e nos
ônibus lotados de coletividade.
A beleza
da cidade mora na carroça dentro do posto de gasolina
e no
homem sorridente ao seu lado;
mora no
abraço apertado
de duas
pessoas
no meio
da estrada.
Essa
beleza a gente encontra nos cabelos encaracolados
ou nos
curtos;
nos olhos
cansados
e nos
alertas.
No homem
oferecendo seus chinelos ao mendigo,
na
humildade da senhora explicando sua pobreza,
na
quentinha dada ao morador de rua.
No idoso
contemplando pela janela do ônibus.
Na música
dos passos que soa no centro,
nas vozes
abafadas que escutamos de dentro dos prédios.
Está em
todo mundo
que
apesar de tudo
faz
questão de sorrir.
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