Algum poema qualquer - II
Uma mão magra se estende
E uma gorda se esconde
Um olhar úmido se ergue
E olhos mortos desviam
Do que dentes podres mostram
E do que almas podres ignoram
Mais uma lágrima escorre
Por um rosto desconhecido
Risos e gargalhadas ecoam
Por palacetes divinos
É como se fosse o inferno
É bem melhor que o paraíso
Em meio a um deserto esquecido
Almas apodrecem caídas
Na lama dos dejetos
De quem um dia ousou partir
Sem deixar endereço para devolução
Os pobres diabos,
Por outro lado
Esperam, sentados
Só uma dose de
compaixão.
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