Algum poema qualquer - I

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Algum poema qualquer - I


Por todas as insanas palavras que dos seus lábios saem,
por todas as várias vezes que minha frágil alma feriu,
por todas essas lágrimas que dos meus olhos caem
e por cada vez que, sem dó nem piedade, meu coração partiu.


Transferi toda a minha dor e raiva para um doloroso tapa
e espero, sinceramente, que lhe doa como doeu em mim;
que seja esse o nosso amargo, justo, rubro e doloroso fim
e que tu, destruidor de corações, vá ao raio que o parta.


Sua face vermelha agora guarda minha perversa marca. 
Seus olhos, belos, gélidos e azuis, não mais me atingem. 
Seus lábios, dedos e pêlos não vão mais tocar minha pele.


Eu, por fim, descobri que precisava de vergonha na cara. 
E não de um pseudo homem cujas atitudes me oprimem.

Então decidi por esquecer quem é só mais um verme.

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