Extracorpóreo

domingo, 7 de junho de 2015

Extracorpóreo


Entediante como um filme ruim se repetindo por uma semana inteira. Meus olhos insistem em se fechar quando o que eu deveria fazer é mantê-los bem abertos. As luzes brancas me impedem de enxergar com clareza os rostos acima de mim, é como se eu estivesse sonhando, como se tudo fosse causado pelos efeitos de algum alucinógeno poderoso.

Então eu escuto um barulho irritante e contínuo. As pessoas ao meu redor controlam o tom de voz, mas a tensão que os envolve é evidente. Os sons de algo batendo contra uma superfície de metal cessam e alguém olha para o relógio, recitando a hora da morte.

É quando eu me vejo deitado, inerte, numa sala de hospital.

Droga. Acho que dessa vez eu morri.

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