Ninguém avisou que tinha que ler em grego

sábado, 14 de março de 2015

Ninguém avisou que tinha que ler em grego


Calma... Respira. Não precisa bater a cabeça na mesa. É só um livro e ele não vai te engolir. Vai acabar com o seu cérebro, na verdade, mas vamos deixar isso para o fim do curso. Leia novamente o parágrafo, a página, o capítulo... Você tem que entender o que esse monte de palavra estranha quer dizer.

Calma. Respira fundo, segura na mão de Deus e vai. A mesma entidade que te ajudou a ler José de Alencar deve te ajudar em Kelsen. Confie no poder da leitura divina. Ainda tem Maquiavel e companhia... Mas relaxe. Uma tortura de cada vez.

Só que não dá certo e Kelsen ainda é uma incógnita em forma de palavras desconhecidas e frases complicadas. É só um livro. Mas é só um livro que você não consegue ler! Talvez seja melhor pular para algum livro mais fácil. Eles não teriam indicado Pedro Bandeira?

Não. Ronald Dworkin, então. Quem sabe dá certo? Ele pode até servir como uma preparação para o Kelsen. Mãos à obra.

...

Quem foi que saiu do terceiro ano do ensino médio achando que sabia ler mesmo? Pois é. Também não sei. Você acabou de descobrir que é um analfabeto que escolheu um curso que é dado em grego. Com alguns toques de latim e, se bobear, hebraico e mandarim.

Depois de Machado de Assis, José de Alencar e companhia, eis que surge um escritor mais maluco. As palavras são em português (a maior parte, pelo menos), mas o sentido que elas fazem não faz sentido algum.

2 comentários :