Ele vai bem, obrigada
Meu coração? Vai bem, obrigada. Desde a última
vez que nos encontramos, ele fez coisas diriam impossíveis. Cresceu tanto que
nem coube no peito, encolheu ao ponto de duvidar da própria existência, ardeu,
andou sobre brasas, congelou e afundou repetidas vezes. Passeou pelos jardins
do éden e até visitou o inferno algumas vezes. Verdade é que ganhou uns
arranhões no caminho. Alguns sem importância, superficiais, outros doloridos,
torturantes. Chorou de noite e se alegrou com o raiar do dia. Apesar de tudo,
ele ainda faz o que sempre fez de melhor: se reconstrói. A cada queda, toda vez
que apanha.
Meu coração? Ele anda todo remendado, mas vive
por inteiro mesmo lhe faltando alguns pedaços.
Ele vai bem, obrigada.
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