Algum poema qualquer - VI
Abriu
os olhos.
Fechou-os
novamente.
Pensou
que pudesse dormir até tudo passar.
Decidiu
não se levantar mais.
Não
naquele dia.
Talvez
ninguém notasse sua ausência;
poderiam
muito bem demiti-lo;
na
verdade,
ele
não ligava.
desde
que pudesse ter paz para agonizar
sozinho;
só
um dia,
no
escuro,
debaixo dos
cobertores,
aninhado
na dor e nas lembranças dos cabelos loiros,
do
rosto alvo,
calmo,
rodeado de
flores,
dentro
da caixa de
madeira
escura.
Novamente,
abriu
os olhos
e
decidiu se levantar.
Levaria
um lenço.
E havia
a possibilidade de sofrer um acidente
Se
fosse atropelado,
talvez
conseguisse, por fim
encontrar
sua amada.
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