Quebraste a cara, Edvaldo!
Ingrato! É isso o que tu és,
Edvaldo! Por desperdiçar tudo o que te ofereci, por renegar meu amor e por usar
meu corpo. Entreguei-me completamente a ti e aos teus caprichos. Até engoli tua
semente para proporcionar-te prazer! E como me paga?! Indo comprar café e
desaparecendo da face desta maldita terra!
Maldito sejas tu, Edvaldo!
Que sumiste da minha vida sem mais nem menos pensando sabe-se lá Deus que
depravações encontraria em São Paulo! Encontraste uma mulher mais nova que eu?
Retiraste mais uma moça inocente da casa dos pais e encheste-lhe com a tua
maldita cria? Fez-lhe o mesmo mal que fizeste à mim, Edvaldo? Responda, seu
filho de uma égua!
Acha que foste fácil
alimentar dois filhos sozinha? Pensas que me virei feliz da vida para pagar as
consultas médicas?! Não me olhe com essa cara de cachorro pidão, seu calhorda,
que não me convenço mais pelos teus olhos brilhantes ou me deixo levar
pela tua lábia! Vá te foder!
Mas já te entendi,
Edvaldo... Pensou que eu ainda fosse aquela moça inocente e apaixonada de cinco
anos atrás... Pois é com imenso prazer orgástico que vejo-te quebrar a cara.
Para esta casa é que não volta! Não vais viver e comer às minhas custas nem te
aliviar em meus lençóis. Vá dormir na rua, volte para São Paulo, viva com teu
irmão... O que quiser! Mas não ponha nem a ponta do dedão do pé na minha casa!
Ou te mato, Edvaldo, juro que te mato à paneladas! E não me procure mais. Nem
à mim e nem aos meus filhos.
Vá à puta que te pariu,
Edvaldo!
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