Descalço no asfalto
O
trabalho caleja nossas mãos
As
lágrimas riscam nossas faces
O
tempo perdido faz nosso passado
E
as vitórias são as atitudes póstumas
De tanto ser obrigado a andar descalço
De tanto ser obrigado a andar descalço
Nesse
quente e sufocante asfalto
Acabei
ficando bem mais velho
Do
que meu velho e tão sofrido pai
Meu coração, este já não sinto mais
Meu coração, este já não sinto mais
Ficou
imune à dor da perda
E
se contenta em só guardar lembranças.
Minha
alma, esta jaz em paz
Numa
aura de eterna tranquilidade
Com
o fim da vida, finalmente se conformou.
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