abril 2018

segunda-feira, 30 de abril de 2018

Livros lidos - Março 2018


1 – Raptada por um conde – Stephanie Laurens


 Londres, 1829. Angélica Cynster decidiu comparecer ao sarau na casa de lady Cavendish como parte da estratégia para encontrar o seu herói e futuro marido. Ela sabia que o reconheceria à primeira vista. Por isso, quando notou a presença de um nobre misterioso, ela soube que era o seu escolhido. Apesar do aparente interesse, ele não fazia nenhum movimento para se aproximar, e paciência nunca foi o forte de Angélica. Confiando no seu instinto e na sorte que o amuleto da Senhora lhe dava, decidiu dar o primeiro passo e se aproximar daquele homem enigmático. Tudo ia bem no seu primeiro encontro, até que uma atitude do seu herói a faz questionar as intenções dele: Angélica acabara de ser sequestrada! Fechando a trilogia das irmãs Cynster, Raptada por um Conde revela a verdade sobre os sequestros das Cynsters. O desfecho dessa intriga depende da ajuda que Angélica pode oferecer a Dominic. Um enredo com personagens audaciosos e uma trama misteriosa e cheia de aventuras que vai conquistar o público.


De todas as irmãs Cynster, minha preferida é Angélica. Dos seus respectivos mocinhos, achei que nenhum superaria Breckenridge, mas Dominic é, com certeza, o mais imprevisível. Este é o meu livro favorito da série e também o que eu li mais rápido.

2 – Guerras Secretas – Alex Irvine


 Destruam seus inimigos e todos os seus desejos serão realizados!



Vingadores, X-Men, Quarteto Fantástico, Homem-Aranha: os maiores heróis do universo. Magneto, Doutor Destino, Ultron, Galactus: os maiores vilões. Convocados pelo onipotente Beyonder para um desafio interestelar, heróis e vilões deverão se confrontar no Mundo de Batalha, visando conquistar o maior prêmio que alguém jamais poderia cobiçar.





Foi apenas a segunda adaptação de quadrinhos que eu li, mas foi a que menos me impressionou (isso contando “Espelho Negro” que estou lendo atualmente). Acredito que toda a “profundidade” que teve em “Guerra Civil” faltou aqui. Senti falta de ver mais dos personagens marcantes da Marvel, com o Wolverine e o Capitão América.

3 – As viagens de Gulliver – Jonathan Swift


 "E não há Guerras tão furiosas e sangrentas, nem tão duradouras, quanto as que são ocasionadas por Diferenças de Opinião, especialmente quando se trata de coisas sem importância."



Quem lê pela primeira vez a versão original de "Viagens de Gulliver", tendo como pano de fundo uma vaga lembrança de adaptações infantis, espanta-se ao constatar que tem nas mãos um dos textos mais amargos do cânone ocidental.



Como observa George Orwell no prefácio incluído nesta edição, o livro de Jonathan Swift, apesar de todo o seu ressentimento e misantropia, é uma obra deliciosa, que permite vários níveis de leitura. É um livro de viagens - ou melhor, uma sátira aos livros de viagens; para as crianças, é uma história de aventuras, cheia de criaturas fantásticas e de humor escatológico; e é um dos marcos iniciais da ficção científica. Porém o que mais fascina o leitor maduro é o olhar implacável que Swift volta sobre o homem, suas instituições, seu apego irracional ao poder e ao ouro, e sua insistência em prolongar a vida mesmo quando esta só proporciona sofrimento.



Este volume inclui também introdução e notas de Robert DeMaria Jr., reproduções de folha de rosto e do fronstispício da primeira edição do livro, e mapas das diferentes terras que aparecem no romance.

Mais um clássico que me surpreendeu, e muito! Swift criou um protagonista inteligente e uma narrativa que, muito embora seja ficcional, tem muito em comum com a sociedade de época e até mesmo com a nossa sociedade atual. São inúmeras as analogias que podem ser feitas e várias as lições a serem tiradas do livro.

4 – O lado bom da vida – Matthew Quick


 Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele 'lugar ruim', Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um 'tempo separados'. Tentando recompor o quebra-cabeça de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com o pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes de sua internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida.



Eu gostei do livro, mas acho que ele demorou para pegar no tranco, digamos assim. O Pat é muito mais perturbado do que o filme fez parecer e o sofrimento dele é quase tangível. Me pergunto como o livro ficaria numa narração em terceira pessoa. Acho que seria muito mais emocionante, principalmente levando-se em conta o ponto de vista da mãe.

5 – Elevador 16 – Rodrigo de Oliveira


 Estamos em 2017.


Cientistas descobrem um planeta vermelho em rota de colisão com a Terra. Depois de muito pânico nos quatro cantos do mundo, eles asseguram que passaria a uma distancia segura. E todos ficam tranquilos acreditando que nada iria acontecer...
Mas não podiam estar mais enganados. 
No dia em que o planeta estaria mais visível, enquanto todo mundo se preparava para observar o fenômeno a olho nu, um grupo seguia para um compromisso chato: trabalhar num sábado na empresa de processamento de dados, pois estavam com muitos projetos atrasados.
Na hora do almoço, 16 pessoas entram no elevador... mas ele pára entre dois andares. As comunicações não funcionam, nem alarmes, nem celulares, ninguém aparece para ajudar. E eles não sabem que, em todo o mundo, algo muito estranho aconteceu. Em poucos segundos, 10 pessoas caem num surto coletivo, como que desmaiadas. Entre o desespero, tentativas de busca por ajuda, um deles começa a abrir os olhos, mas eram olhos vazios, olhos do mal...
Este livro conta uma história que ocorre no exato momento em que o nosso mundo se transforma. Traz personagens que vivem o intenso evento cósmico que mudaria a Terra para sempre.

É um livro pequeno, pode ser lido em um dia, mas eu estendi a leitura por um tempo maior. Não posso dizer que me surpreendi com o livro, mas é bom ver um autor brasileiro navegar por um gênero como esse.

6 – Bom de briga – Markus Zusak


 Na continuação do sucesso O azarão, Markus Zusak apresenta o emocionante Bom de briga. Se no primeiro título o autor traz um romance de formação de um jovem incorrigível, infeliz consigo mesmo e com sua vida, agora ele exibe dois irmãos em busca de um propósito na vida. Bom de briga retrata a evolução dos irmãos Cameron e Ruben Wolfe como seres humanos. No primeiro livro, a dupla estava sempre atrás de algo errado para fazer. Dessa vez eles entram no mundo das lutas amadoras de boxe, buscando independência para suas vidas. Enquanto Ruben mostra um talento nato para a coisa, o outro tenta apenas sobreviver. Tudo que é ruim é normal no dia a dia da família Wolfe - como os silêncios, as brigas, a pobreza, a mediocridade. Eles já se acostumaram com isso e sempre têm uma justificativa para tanto. Cameron, o mais novo, é o exemplo do jovem batalhador. Desde cedo apanha e se levanta, mostrando que o que importa não é a força da pancada, mas se você tem a força necessária para se reerguer.


Não li o primeiro, “O azarão”, mas pretendo ler. O livro tem uma pegada bem diferente de “A menina que roubava livros”, mas isso não é ruim. O modo como o Zusak relatou o convívio familiar e o sentimento entre dois irmãos é genuíno e comovente.

7 – Seis anos depois – Harlan Coben


 Jake Fisher e Natalie Avery se conheceram no verão. Eles estavam em retiros diferentes, porém próximos um do outro. O dele era para escritores; o dela, para artistas. Eles se apaixonaram e, juntos, viveram os melhores meses de suas vidas.


E foi por isso que Jake não entendeu quando Natalie decidiu romper com ele e se casar com Todd, um ex-namorado. No dia do casamento, ela pediu a Jake que os deixasse em paz e nunca mais voltasse a procurá-la.
Jake tentou esconder seu coração partido dedicando-se integralmente à carreira de professor universitário e assim manteve sua promessa... durante seis anos.
Ao ver o obituário de Todd, Jake não resiste e resolve se reaproximar de Natalie. No enterro, em vez de sua amada, encontra uma viúva diferente e logo descobre que o casamento de Natalie e Todd não passou de uma farsa.
Agora ele está decidido a ir atrás dela, esteja onde estiver, mas não imagina os perigos que envolvem procurar uma pessoa que não quer ser encontrada.
Em Seis Anos Depois, Harlan Coben usa todo o seu talento para criar uma trama sensacional sobre um amor perdido e os segredos que ele esconde.

Na contracapa diz que é o melhor livro do autor. Na minha opinião, não é. Se comparado aos outros, achei “Seis anos depois” meio raso. Senti falta de alguma coisa, algo que encontrei em “não conte a ninguém” e que esteve presente nos outros livros, ao contrário deste. É claro que suspense policial, geralmente, não possui espaço para grandes desenvolvimentos de personagem e etc, mas eu achei que tudo foi muito “súbito”.

8 – Red Hill – Jamie McGuire


 Para Scarlet, cuidar de suas duas filhas sozinha significa que lutar pelo amanhã é uma batalha diária. Nathan tem uma mulher, mas não se lembra o que é estar apaixonado; a única coisa que faz a volta para casa valer a pena é sua filha Zoe. A maior preocupação de Miranda é saber se seu carro tem espaço suficiente para sua irmã e seus amigos irem viajar no fim de semana, escapando das provas finais da faculdade. 


Quando a notícia de uma epidemia mortal se espalha, essas pessoas comuns se deparam com situações extraordinárias e, de repente, seus destinos se misturam. Percebendo que não conseguiriam fugir do perigo, Scarlet, Nathan, e Miranda procuram desesperadamente por abrigo no mesmo rancho isolado, o Red Hill. Emoções estão a flor da pele quando novos e velhos relacionamentos são testados diante do terrível inimigo – um inimigo que já não se lembra mais o que é ser humano. 
O que acontece quando aquele por quem você morreria, se transforma naquele que pode lhe destruir? Red Hill prende desde a primeira página e é impossível deixa-lo até o final surpreendente. Este é o melhor da autora Jamie McGuire! 



- Melhor Distopia de 2014 pela UtopYA Com.
- Red Hill deu origem a um spin off, Among Monsters.
- Jamie McGuire é autora do romance best-seller Belo Desastre. Em 2012, Desastre Iminente, segundo romance de sua série chegou a #1 nas listas do New York Times, USA Today e Wall Street Journal.
- Seus trabalhos de 2014 incluem o romance Bela Distração, primeiro livro da série Irmãos Maddox, também o título mais vendido da lista do New York Times.

Livro de zumbis para mim foi uma novidade. A forma como a história foi contada é muito boa no início. No final, senti certa “pressa” para que tudo se encerrasse e, quando acabou, não me senti satisfeita. Não é um livro ruim, é só o final que é ruim.3

9 – Crônicas – Antônio Maria

 Crônicas Antonio Maria. Jornalista, locutor esportivo, cronista, músico, compositor.



Foi o primeiro livro que li do autor e realmente não sei se quero ler outro. Gosto muito de crônicas, mas a que me chamou mais atenção foi a primeira crônica, o prefácio do livro, que nem mesmo foi escrito por Antônio Maria, mas por Vinícius de Moraes.




10 – O par perfeito – Nora Roberts

Mesmo sendo conhecido como o mais durão dos irmãos, Ryder Montgomery deixa as mulheres aos seus pés quando coloca seu cinto de ferramentas. Nenhuma delas é imune a seu jeito sexy quando está no trabalho. Sem contar, é claro, Hope Beaumont, a gerente da Pousada BoonsBoro.


Ex-funcionária de um luxuoso hotel em Washington, Hope está acostumada à agitação e ao glamour, porém isso não significa que ela não aprecie os prazeres da cidade pequena. Sua vida está exatamente como ela deseja – exceto pela questão amorosa. Sua única interação com alguém do sexo oposto são as frequentes discussões com Ryder, que sempre lhe dá nos nervos. Ainda assim, qualquer um vê que há uma química inegável entre os dois.

Enquanto o dia a dia na pousada transcorre sem problemas graças aos instintos infalíveis de Hope, algumas pessoas de seu passado estão prestes a lhe fazer uma indesejável – e humilhante – visita. Mas, em vez de se afastar ao descobrir que Hope tem seus defeitos, Ryder só fica mais interessado por ela. Será que pessoas tão diferentes podem formar um par perfeito?

No livro que encerra a trilogia A Pousada, Nora Roberts apresenta Ryder Montgomery, que, ao tentar driblar o amor refugiando-se no trabalho, acabou sendo surpreendido pelo sentimento mais nobre e profundo que já teve.


Nora Roberts é minha autora favorita, então é complicado para mim escrever algo completamente “neutro” sobre ela. “O par perfeito” é o terceiro livro de uma trilogia (por sinal, o único que eu li da trilogia) e parece fechar bem o ciclo, apesar de ainda não ter lido os outros dois. Apesar disso, acredito que a história sobrenatural paralela à principal poderia ser melhor aproveitada.

sábado, 28 de abril de 2018

Loop




Eu criei uma rotina para tentar te apagar de mim, para colocar um fim na agonia infinita em que eu vivo desde que te desencontrei.
De manhã eu acordo e ajo naturalmente. Tomo banho, escovo os dentes, engulo um pedaço de torrada enquanto me lembro que você acordava mais cedo e passava o café.
E então me lembro de te esquecer novamente.
Pego meu ciclomotor e vou para o trabalho a uma velocidade alucinante de 50 km por hora. No caminho, passo pelo nosso café favorito e pela igreja em que nos casamos.
E me esqueço que não posso me lembrar
E acabo me lembrando de novo de te esquecer.
E assim segue o dia.
Sempre que passo por algum lugar que me lembra de você, me esqueço que não posso me lembrar. E então me lembro de esquecer.
E repito tudo de novo todos os dias, até que os dias virem semanas e as semanas se transformem em meses.
Só uma coisa não se transforma em outra: minha rotina de me esquecer de você.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Troféu Literário pt. 4



Olá, pessoas! Tudo bom? Trago agora a última Parte do Troféu Literário!

5. Os “mais”

a) A leitura mais difícil: Os lusíadas - Camões

 Nesta obra - composta de dez cantos, em versos decassílabos -, misturam-se o conteúdo épico e o lirismo de Camões. A narrativa básica tem por tema a célebre viagem de Vasco da Gama em busca de um caminho para as Índias, mas boa parte do poema é dedicada aos grandes feitos dos reis portugueses. É, portanto, a narrativa da história de Portugal, das suas origens à época em que viveu o poeta. Os Lusíadas é considerado a obra mais importante da língua portuguesa.







b) A leitura mais fácil: todos do Harlan Coben 


c) O livro que li mais rápido: Crônicas – Antônio Maria













d) O livro que mais demorei para ler: Shantaram – Gregory David Roberts

 Inspirado em acontecimentos da vida do próprio autor, Shantaram narra a história de Lin, que após fugir de uma prisão de segurança máxima, na Austrália, vai para a Índia redescobrir o sentido da vida. Ao lado de Prabaker, seu guia e amigo fiel, Lin mergulha em uma aventura arrebatadora pelo submundo de Bombaim (atual Mumbai), onde abre um posto médico gratuito, faz sua iniciação no mundo do crime organizado e começa a ser perseguido por um inimigo tão misterioso quanto influente.


Sucesso internacional, com mais de dois milhões de exemplares vendidos, Shantaram é o fruto de uma vivência intensa e pessoal do autor, revelando variadas facetas da Índia, desde a sórdida vida na cadeia até a exuberância dos estúdios de Bollywood.

O nome da rosa – Umberto Eco

 Ficção de estréia de um dos mais respeitados teóricos da semiótica, O Nome da Rosa transformou-se em prodígio editorial logo após seu lançamento, em 1980.

Tamanho sucesso não parecia provável para um romance cuja trama se desenrola em um mosteiro italiano na última semana de novembro de 1327.
Ali, em meio a intensos debates religiosos, o frade franciscano inglês Guilherme de Baskerville e seu jovem auxiliar, Adso, envolvem-se na investigação das insólitas mortes de sete monges, em sete dias e sete noites.
Os crimes se irradiam a partir da biblioteca do mosteiro - a maior biblioteca do mundo cristão, cuja riqueza ajuda a explicar o título do romance: "o nome da rosa" era uma expressão usada na Idade Média para denotar o infinito poder das palavras.
Narrado com a astúcia e graça de quem apreciou (e explicou) como poucos as artes do romance policial, O Nome da Rosa encena discussões de grandes temas da filosofia europeia, num contexto que faz desses debates um ingrediente a mais da ficção.
O livro de Eco é ainda uma defesa da comédia - a expressão do homem livre, capaz de resistir com ironia ao peso de homens e livros.


E por fim…

Em 2017, minha meta era não tinha meta e terminei o ano com 66 leituras.

Para 2018, minha meta é ler mais de 66 livros.


terça-feira, 24 de abril de 2018

Sobre crescer



Nós crescemos, mas tudo ficou igual. A diferença é que as pirraças de crianças ganharam um ar mais “maduro” e a justificativa é conflito de interesses. Os jogos se transformaram em coisa séria e as brincadeiras são sarcásticas e irônicas.
Mas as meninas malvadas cresceram e os bombados sem cérebro também. Os nerds viraram chefes e as roqueiras entraram na faculdade. Algumas têm até filhos. Outras, saíram do país.

Quase ninguém alimenta os mesmos sonhos de mudar o mundo e os mais revoltados com o sistema se tornaram parte dele. O sonho adolescente acabou e nunca foi realizado. Mas o lugar que ele ocupava continua lá: habitado por dúvidas e inseguranças. Por mudanças e incertezas. Pelo medo de olhar para trás e perceber que a criança que um dia fomos não se orgulha do adulto que nos tornamos.